domingo, 30 de janeiro de 2011

Dois, um, horizonte.

Noite calma. Calmaria tanta, uma em mil, de milhares de vezes que tentaram tê-la, uma em mil. Estavam sentados, logo, deitados, a tela expandia luzes, som, imagens cinematográficas, claridade.Ela se inclina, pausa o filme, diz que o ama, se beijam um beijo longe de acabar por qualquer instante. Ele abre os olhos, apaga o sol, de sua boca consegue deixar escapar todos os santos elogios que se podem existir, elogios dos quais ele sabe que se encaixa perfeitamente no coração dela, e que são suficientes para explodir algum depósito interno de lava. Acabam pois, se cobrindo de amor durante algumas horas perdidas no tempo, do tempo deles, de um mundo sem tempo ou de um mundo onde as horas não passam ou até mesmo não existem profundamente.Tudo o que se sabe desse mundo, é que existe um amor que corrói, dilacera, passa pelas veias como um rio desesperado, na calada de uma noite de lua cheia que deixa-se refletir em suas águas que estão corredeiras para o mar salgado, gelado.
Tudo o que se sabe, é que amanhã, que qualquer amanhã vai estar longe um do outro, pensando no mundo sem hora,  desejando seus vulcões acesos, num horizonte linear, traçado pela calmaria, uma em mil querendo ser rio que não quer o sal do mar, mas que quer permanecer na doçura de um abraço dado de surpresa, de um carinho sincero, de um olhar profundo querendo dizer: eu te amo. Mas agora, um lá o outro cá. De noite serão dois no horizonte novamente.

3 comentários:

  1. Tua alma é um depósito infinito da mais pura beleza... vc consegue expressar com maestria em suas palavras aquela centelha divina que todos temos, mas só os mais elevados conseguem encontrá-la!!

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  2. ou talvez os não inteiramente corrompidos.... rs

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